Após um período de crescimento econômico que durou alguns anos,
crescimento não sustentável, o país passa agora, por uma crise como não se via nos
últimos 15 anos.
Crise essa, econômica e política, isto para não
citar outas áreas que enfrentam graves problemas, vamos nos atentar para este
cenário. Tal crise não está nem perto do seu real tamanho, e muitos
especialistas ainda diz que é só a ponta do iceberg.
O governo federal, reconheceu esta semana, que
sua equipe demorou para ver o tamanho da crise, e como empreendedor e sabendo
que sempre devemos vislumbrar o nosso planejamento para o curto, médio e longo
prazo, não vou nem comentar esta afirmação da presidenta.
É justamente em tempos de crise e de caos, que
surge o empreendedor. Ao longo da história da humanidade, e sempre em momentos
como este que enfrentamos, surge homens e mulheres e com criatividade e
inovação altera as ordens das coisas, e das situações revolucionando tudo em
sua volta e então alcançando o que muitos pensavam impossível, a solução para
problemas correntes.
Isso me faz lembrar das aulas de história em que meus professores
contavam com maestria as fases da humanidade século após século, e uma dessas
histórias é sobre o feudalismo. Lembro que naquela época havia o fato, que o
acesso à nobreza era quase impossível, ou se nascia nobre, ou com muito custo,
se comprava tal título. Naquela época, se nascesse camponês morreria camponês,
e até mesmo, se nascesse nobre morreria nobre. Mas foi então que surgiu os
comerciantes, a famosa burguesia, que de forma empreendedora, mesmo não sendo
um termo comum, e viria ser matéria num futuro bem distante, ousaram e mudaram a ordem
natural de como era as coisas, estabelecendo assim uma nova realidade social.
Poderia contar vários casos como estes, mas quero trazer para os
dias de hoje, esta discussão.
No evento do Day 1 da Endeavor, Jorge Paulo Lemman disse que são os
empreendedores que ajudarão o país a sair da crise. Enquanto grandes industrias
sofrem que a redução do lucro, riscos de demissão, alta do dólar, os
empreendedores inovam e faturam alto, gerando cada vez mais emprego e renda.
Vilmar da Aço cearense afirma também, que vivenciou muitas crises
e que a redução da inflação com aumento dos juros afeta o crescimento
industrial, e que tal ação tem resultado apenas momentâneo, e isso é um erro no longo prazo.
No mesmo evento, Flávio Augusto Criador da Wiseup, e dono do
Orlando City, entre outras ações, fala que o mais importante que o empreendedor pode ser e fazer é sempre pensar em gerar o bem coletivo ao invés do pensar em si mesmo, e afirma que o resultado dá muito certo.
Alem disso, assistimos hoje, a diversas “brigas” de produtos e serviços, Uber X
taxi, Operadoras de telefonia X WhatsApp, Tv por assinatura X Netflix, entre
outras. Isto prova como a crise pode ser superada com ousadia, inovação e
criatividade. Estes “novos negócios”, com ajuda das ferramentas digitais, vem
tomando conta do mercado e caindo no gosto da população que agradece, pois já não
consomem mais apenas serviços e produtos elas consomem experiências e
relacionamentos.
Mesmo que o serviço e o produto estejam consolidados, o empreendedor
nunca deve se acomodar, pois se o fizer, chegará alguém que oferecerá uma nova experiência
e uma inovação na forma de executar o serviço ou produto que se tem trazendo algo que fundamental para o momento e para o futuro do negócio em questão.
Crise? Que Crise? Crie, inove, faça diferente e colha os frutos!
Enquanto a maioria olhar para o lado negativo da
crise, sim ela se instalará, e o fará recuar e ser mais precavido, porém os
loucos e empreendedores nunca vão recuar e vão enfrentar a crise de forma
criativa, tirando dela experiências e muito aprendizado.
Que cada empreendedor agora, possa dar a sua real contribuição,
para que nossa sociedade entenda que, mesmo neste momento difícil do país a
solução está em nossas mãos!
Eduardo Carolino
Professor, consultor e Palestrante
Diretor Executivo na
Santos & Lima Consultoria
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